quinta-feira, 1 de maio de 2014

1º DE MAIO

O Terra com a classe obreira galega e luitadora

  O dia 1 de maio é o dia mundial da classe trabalhadora, nom é o dia do Trabalho (como gostaria a patronal). Este dia nasce como comemoraçom dumha luita num contexto de continuo aumento da expl...oraçom: jornadas cada vez mais longas, condiçons de trabalho pésimas face a um empresariado cada vez mais enriquecido a custa do trabalho incansável das obreiras. Estamos a falar de 1886, mas também podiamos estar a falar de 2014, infelizmente, os paralelismos entre as condiçons do proletariado hoje e as condiçons do S.XIX som enormes. No entanto, foi nesse endurecimento das condiçons vitais das classes populares, onde rebrotarom as organizaçons de classe, onde as mobilizaçons forom mais contundentes, onde a luita polos direitos nom recuou e conseguirom os seus objectivos (a jornada de 8 horas).
  Hoje a patronal em cumplicidade com os governos títeres, consegue sabotar os nossos direitos com todo tipo de fórmulas e mecanismos: contratos temporais e precários, segurança social a conta da trabalhadora, dessemprego masivo, criminalizaçom, repressom, campanhas publicitárias e propaganda disfarçada de expertos. Estes mecanismos conseguem asustar-nos, crermos que somos carne excedentária, que estamos no exército de reserva esperando a milagre de sermos exploradas, que nom temos futuro, que nom valemos nada, que um trabalho escravo é um presente e por isso nom podemos falar, reclamar, dignificar e protestar. Em definitivo, a mensagem é NOM temos direitos. A maquinária está bem engraxada e, todos os dias, fabrica vítimas, despoxos, corpos á mercé da caridade. Contodo, nom conseguem calar-nos, nom nos resignamos. Trabalhadoras, proletarias, lumpen, precárias, escravas sexuais, paradas, excluídas, vadías, tolas e negras sabemos quem somos, a onde pertencenmos, qual é a nossa identidade, qual é a nossa luita e qual é a nossa classe. Cada pessoa que sai hoje à rua é um passo mais no caminho para a conquista dos nossos direitos. Desde o Terra queremos apoiar às mobilizaçons de hoje, à classe obreira galega e, mui especialmente, à da comarca de Ferrolterra, que querem afundir, mas que dia a dia demostra a sua cara mais digna e sobrevivirá a tanto embiste da patronal.
   Os nossos direitos som irrenunciáveis! A vossa propaganda nom pode connosco! Avante com a luita da classe obreira!